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AGRADECIMENTO AOS FAMILIARES DOS DOADORES DE ÓRGÃOS Este é um simples agradecimento diante da grandiosidade do ato da doação, por que na verdade nos sobram muitas palavras para expressar tamanha gratidão. Agradecemos a cada familiar pelo SIM à doação de órgãos que não somente salva a vida de alguém, mas que também muda o quadro de uma família inteira que vive a angústia da espera e a expectativa da mudança, quando essa mesma família doadora vive a angústia da perda. Quando este misto de alegria e tristeza, perdas e ganhos, lamentações e orgulho, sofrimento e liberdade vem à tona, os elos contrários que unem as duas famílias desconhecidas se entrelaçam para um objetivo comum SALVAR VIDAS. Diante desse elo de amor, a balança da vida mostra há essas duas famílias unidas por destinos diferentes e complementares lições valiosas: que a perda às vezes não significa perda; significa ganho. E que espera não significa dor; significa alegria. Obrigada você família, pela consciência e amor, puro e genuíno para com o próximo. E acreditamos que a cada dia, muitas famílias terão consciência do ato de doar e salvar vidas. E estas continuarão sendo como as ostras, que no momento que são feridas produzem a PÉROLA! ETERNA GRATIDÃO A TODAS AS FAMÍLIAS MOVIDAS PELO AMOR / Texto extraido do site:http://transplantepulmonar.com/agradecimento.html

segunda-feira

OQUE É TRANSPLANTE?


É um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas...) de um pessoa doente (RECEPTOR) por outro órgão ou tecido normal de um DOADOR, vivo ou morto.


Quem pode e quem não pode ser doador?
A doação pressupõe critérios mínimos de seleção. Idade, o diagnóstico que levou à morte clínica e tipo sangüíneo são itens estudados do provável doador para saber se há receptor compatível. Não existe restrição absoluta à doação de órgãos a não ser para aidéticos e pessoas com doenças infecciosas ativas. Fumantes são não-doadores de pulmão.


Por que existe poucos doadores? Temos medo de doar?
É uma das razões, porque temos medo da morte e não queremos nos preocupar com este tema em vida. É muito mais cômodo não pensarmos sobre isso, seja porque queremos pensar : "Não acontece comigo ou com a minha família" ou "Isso só acontece com os outros e eles que decidam".


Quero ser doador. O que devo fazer?
Atualmente a doação no Brasil é consentida, ou seja, só a sua famila pode autorizar para que ela aconteça. Portanto o que es tiver escrito na carteira de identidade ou na carteira de habilitação não tem valor! Se você quiser ser doador avise a sua familia este seu desejo.


O que é morte encefálica?
Morte encefálica é a parada definitiva e irreversível do encéfalo (cérebro e tronco cerebral), provocando em poucos minutos a falência de todo o organismo. No diagnóstico de morte encefálica, primeiro são feitos testes neurológicos clínicos, os quais são repetidos seis horas após. Depois dessas avaliações, é realizado um exame complementar (um eletroencefalograma ou uma arteriografia).







Não. Coma é um estado reversível. Morte encefálica, como o próprio nome sugere, não. Uma pessoa somente torna-se potencial doadora após o correto diagnóstico de morte encefálica e da autorização dos familiares para a retirada dos órgãos.


Como o corpo é mantido após a morte encefálica?
O coração bate às custas de medicamentos, o pulmão funciona com a ajuda de aparelhos e o corpo continua sendo alimentado por via endovenosa.


Como proceder para doar?
Um famíliar pode manifestar o desejo de doar os órgãos. A decisão pode ser dada aos médicos, ao hospital ou à Central de Transplante mais próxima.


Quem paga os procedimentos de doação?
A família não paga pelos procedimentos de manutenção do potencial doador, nem pela retirada dos órgãos. Existe cobertura do SUS (Sistema Único de Saúde) para isso.


O que acontece depois de autorizada a doação?
A Central de transplantes vai gerar a lista de receptores, fazer contato com estes atraves das equipes de transplantes, aguarda a confirmação das equipes e então inicia a cirurgia para retirada dos órgãos e tecidos doados. O corpo é entregue a familia entre 12 e 24hs após a autorização familiar!


Quem recebe os órgãos doados?
Testes laboratoriais confirmam a compatibilidade entre doador e receptores. Após os exames, a triagem é feita com base em critérios como tempo de espera e urgência do procedimento.


Quantas partes do corpo podem ser aproveitadas para transplante?
O mais freqüente: 2 rins, 2 pulmões, coração, fígado e pâncreas, 2 córneas, 3 válvulas cardíacas, ossos do ouvido interno, cartilagem costal, crista ilíaca, cabeça do fêmur, tendão da patela, ossos longos, fascia lata, veia safena, pele. Mais recentemente foram realizados transplantes de uma mão completa. Um único doador tem a chance de salvar, ou melhorar a qualidade de vida, de pelo menos 25 pessoas.


Podemos escolher o receptor?
Nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Este será sempre indicado pela Central de Transplantes. A não ser no caso de doação em vida.


Quem são beneficiados com os transplantes?
Milhares de pessoas, inclusive crianças, todos os anos, contraem doenças cujo único tratamento é um transplante. A espera por um doador, que muitas vezes não aparece, é dramática e adoece também um círculo grande de pessoas da família e de amigos.


Existe algum conflito de interesse entre os atos de salvar a vida de um potencial doador e o da retirada dos órgãos para transplante?
Absolutamente não. A retirada dos órgãos para transplante somente é considerada quando todos os esforços para salvar a vida de uma pessoa tenham sido realizados.


Qual a chance de sucesso de um transplante?
É alta. Mas muita coisa depende de particularidades pessoais, o que impede uma resposta mais precisa. Existe no Brasil pessoas que fizeram transplante de rim, por exemplo, há mais de 30 anos, tiveram filhos e levam uma vida normal.


Quais os riscos e até que ponto um transplante interfere na vida de uma pessoa?
Além dos riscos inerentes a uma cirurgia de grande porte, os principais problemas são infecção e rejeição. Para controlar esses efeitos o tranplantado usa medicamentos pelo resto da vida. Transplante não é cura, mas um tratamento que pode prolongar a vida com muito melhor qualidade.


Quanto custa um transplante e quem paga?
Mais de 90% das cirurgias são feitas pelo SUS. A maioria dos planos privados de saúde não cobre este tipo de tratamento, cujo custo pode variar de R$ 4.000,00 a R$ 70.000,00.
O Brasil tem o maior programa público de transplantes do mundo!


Quando os órgãos devem ser retirados?

Ainda com o coração do doador batendo:

Coração e pulmão: São o que menos tempo podem esperar. O intervalo máximo entre a retirada e a doação não deve exceder quatro horas, mas o ideal é que as duas cirurgias sejam realizadas quase que ao mesmo tempo.

Fígado: O órgão resiste até 24 horas fora do organismo.

Rim (fila de espera):: Também é bastante resistente, se comparado a outros. A espera pode ser de 24 a 48 horas.

Pâncreas: Como no caso do coração e do pulmão, as cirurgias de retirada e doação, tem de ser feitas quase que simultaneamente.


Até seis horas depois que o coração parou:

Córnea (fila de espera): Um dos TECIDOS mais resistentes. Pode permanecer até 14 dias fora do organismo, desde que mantida em líquidos apropriados para sua conservação.


O que é morte Cerebral?
Lesão irrecuperável do cérebro após traumatismo craniano grave, tumor intracraniano ou derrame cerebral. Seu diagnóstico é claramente documentado através de exame detalhado da circulação do cérebro (angiografia), que demonstra a paralisação completa desta circulação, significando que o tecido nervoso está irrecuperavelmente destruído, sendo então emitido o laudo de morte atestado por dois médicos clínicos e um legista.

Por algum tempo, as condições circulatória e respiratória do cadáver poderão ser mantidas por meios artificiais (cuidados de UTI, medicamentos que aumentam a pressão arterial, respiradores artificiais, etc), quando então poderão ser removidos.


Como funciona a "fila única"?
É muito importante que as pessoas saibam como funciona a assim chamada "fila única". Quando ouvimos esta expressão naturalmente pensamos na fila de entrada do cinema que respeita a ordem de chegada do espectador para entrar na sala.

No caso dos transplantes este termo é impróprio pois as coisas não são exatamente como na fila do cinema e é esta a maior causa de confusão, até para os próprios pacientes. Vejamos como funciona a lista no caso dos transplantes.

A cada vez que surge um doador a Central é informada e processa a seleção dos possíveis receptores para os vários órgãos. Esta seleção leva em conta o tempo de espera para o transplante, o grupo sangüíneo, o peso e altura do doador, com nuanças próprias para cada órgão. Só isto faz com que nem sempre o mais antigo (o que chegou primeiro na fila do cinema) fique em primeiro lugar na "fila" daquele doador. Além disso é preciso levar em conta alguns exames feitos no doador para ver se ele é portador de infecções, como por exemplo, as hepatites por vírus B ou C. Caso um desses exames seja positivo as equipes não aceitam os órgãos para transplantar receptores negativos para a tal infeção pois isto representa um risco de contaminar o receptor com uma doença que colocará em risco sua saúde. Nesses casos algumas equipes aceitam os órgãos para transplantá-los em receptores que tenham a mesma infecção e estes podem não ser os primeiros da "fila".

Outras vezes o receptor que foi selecionado em primeiro lugar pode não estar momentaneamente em condições de receber um transplante em conseqüência de complicações clínicas ou não pode ser localizado, não quer ser transplantado naquele momento, etc e portanto, para aquele doador ele é preterido. Algumas vezes a equipe médica responsável pela realização do transplante não está disponível (acontece em feriados prolongados, época de Congressos das especialidades) e o paciente selecionado não pode ser transplantado. Enfim são várias as razões que fazem com que a "fila única" para o transplante seja diferente da fila única do cinema. O importante é saber que se ele não for transplantado com aquele doador ele não perde o seu lugar na lista. É como se ele saísse da fila do cinema e voltasse noutro dia, seu lugar do dia anterior, estaria reservado para ele. Isto não acontece na fila do cinema...

Sem entender estas coisas não será possível para a sociedade acompanhar o progresso da "lista única" para os transplantes com órgãos provenientes de doadores cadavéricos, onde cada caso é um caso e deve ser tratado isoladamente.


Como se inscrever no cadastro técnico?
O transplante de órgãos é uma das modalidades de tratamento para algumas doenças chamadas terminais. Nestes casos o órgão em questão, uma vez lesado, não pode ser recuperado e o paciente deverá receber um tratamento de suporte a vida que pode ser definitivo ou temporário, até a realização do transplante. O transplante visa substituir o órgão lesado por um novo.

Particularmente no caso dos doentes renais, o tratamento de suporte a vida, que é a diálise, pode ser uma escolha definitiva e proporcionar qualidade de vida razoável aos pacientes. Este caminho pode ser uma opção do próprio paciente ou uma indicação do seu médico e neste caso, insistir com o transplante pode trazer mais prejuízo do que benefícios ao indivíduo. Em outras palavras o transplante é um tipo de tratamento que tem indicações precisas que devem ser feitas por um médico.

Quem deve inscrever o paciente como um potencial receptor de órgão, no CTU, é o médico que está encarregado de seu tratamento. No caso de pacientes em diálise a equipe médica do Centro de Diálise pode fazer essa inscrição mas tem que ter o cuidado de providenciar uma Equipe Médica de Transplante que se responsabilize por realizar o transplante quando ele for selecionado.

Em resumo quem inscreve e mantêm o paciente no CTU é o seu médico.


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Texto e arte exraido de >http://www.saude.ba.gov.br/transplantes/modules/xoopsfaq/index.php?cat_id=1#q1.

História do Transplante

Á HISTÓRIA DO TRANSPLANTE
No mundo, o primeiro transplante renal no homem foi realizado em 1933 por Voronoy, um cirurgião ucraniano, para tratar uma insuficiência renal aguda causada por envenenamento com mercúrio. Barnard, em 1967, realizou o primeiro transplante cardíaco e Starzl, em 1963, o primeiro de fígado. No Brasil, o primeiro transplante de fígado no Brasil foi realizado pela equipe do Dr. Marcel Machado, em 1968.

Os primeiros experimentos sobre transplante de pulmão foram relatados por Carrel em 1907, mas o primeiro caso clínico foi descrito por Hardy e seus colaboradores em 1963. Em 1966, Kelly e seus colaboradores fizeram um transplante de rim e pâncreas em um paciente portador de nefropatia diabética em fase terminal.

Apesar do avanço das técnicas cirúrgicas, tais cirurgiões se deparavam com problemas relacionados à rejeição. Em 1978, a introdução da ciclosporina - droga imunossupressora (anti-rejeição) revolucionou os transplantes clínicos em todo o mundo. E na década de 1980, as retiradas de múltiplos órgãos foram padronizadas, surgiram novos medicamentos imunossupressores e foi desenvolvida uma solução de conservação de órgãos que aumentaram o sucesso dos transplantes no mundo.

Para a maioria dos pacientes com insuficiência renal, o transplante oferece a melhor oportunidade de sobrevida e de reabilitação, com menor custo social que a diálise. Para aqueles com doença cardíaca (cardiopatia), doença do fígado (hepatopatia) ou do pulmão (pneumopatia) em fase terminal o transplante tem maior valor, por ser a única opção de tratamento, oferecendo a expectativa de uma nova vida. Por isso, as indicações para transplantes de órgãos sólidos estão se tornando cada vez mais liberais, aceitando-se pacientes idosos ou com doenças sistêmicas associadas, o que leva a uma expansão no número de potenciais receptores.

Há estimativas de que, anualmente em todo o mundo, aproximadamente 500.000 pacientes desenvolvam insuficiência renal crônica, 300.000 insuficiência cardíaca e 200.000 insuficiência hepática, provocando uma demanda, apenas destes órgãos, de um milhão de transplantes por ano, se todas as pessoas tivessem acesso ao tratamento.

No Brasil, como na maioria dos países, há uma legislação rigorosa para o transplante de órgãos e tecidos. Os principais tópicos dessa lei contemplam os requisitos mínimos para o credenciamento de hospitais e equipes, a permissão para uso de doador falecido, os critérios diagnósticos de morte, a forma de consentimento, a permissão para o uso de órgãos de doador vivo parente ("doador relacionado"), a restrição ao uso de órgãos de doador vivo não parente ("doador não relacionado"), a proibição de comércio de órgãos e as penalidades para as infrações.